83. Música Pesada

Escrito por J. Larry Carroll

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Sinopse oficial
Abutre descobre um mapa que descreve a rota para as legendárias Pedras Sonoras de Darkside. Ele se aproxima dos Mutantes pedindo-lhes que o ajudem a roubar as pedras para fazer uma arma sônica e derrotar os ThunderCats. Os Mutantes se recusam a ajudar e Abutre acaba por roubar as pedras para si mesmo. No processo, ele desperta Sondora, guardiã das pedras. Os Lunataks chegam e salvam Abutre do ataque de Sondora. Depois de explicar seu plano aos Lunataks para uma arma sônica, eles o forçam a trabalhar para eles. Enquanto o Mutante testa a arma, Lynx-O aconselha Panthro a inventar uma arma de contra-ataque, mas Panthro tem problemas para fazer uma arma sônica com qualidade comparável à dos vilões. Em Skytomb, os Lunataks atacam a Torre da Justiça com a arma sônica. Usando a Espada Justiceira, Lion-O salva os ThunderCats das explosões. Panthro descobre que Abutre está usando uma Pedra do Som. Snarfer, ciente da lenda das Pedras Sonoras, vai até a biblioteca da Toca dos Gatos e descobre sua localização. Em Darkside, Sondora confia em Lion-O e lhe dá uma Pedra Sonora para a arma de Panthro. Os ThunderCats derrotam Abutre e os Lunataks. Lion-O devolve a Pedra Sonora para Sondora, que, por sua vez, transporta todas as Pedras Sonoras para outra dimensão, evitando para sempre que sejam usadas para propósitos malignos.

Moral da História
Abutre é rejeitado pelos outros Mutantes em busca de ajuda em seu plano para encontrar uma Pedra Sonora de Darkside e usá-la para construir uma Arma Sônica para lutar contra os ThunderCats. Implacável, ele sai por conta própria, mas é rastreado pelos Lunataks. Enquanto ele rouba a Pedra do Som, ele é atacado por sua Guardiã. Mas os Lunataks o resgatam e cooptam seu projeto e planos. Juntos, Abutre e os Lunataks desenvolvem uma arma sônica e atacam os ThunderCats, começando com a Torre da Justiça. Os ThunderCats são inicialmente encurralados na Torre e capturados. A análise de Panthro determina que as Pedras de Som estão envolvidas. Snarfinho usa sua pesquisa sobre uma lenda para determinar onde os ThunderCats podem encontrar outra para se defender dos Lunataks. Lion-O, Panthro, Lynx-O e Snarfinho localizam o altar em Darkside e encontram Sondora e os guardiões. Lion-O percebe que eles não são inimigos, mas protetores das pedras, e busca sua ajuda para sua justa causa. Sondora permite que ele remova a pedra e oferece conselhos sobre quem deve usá-la. Nesse ínterim, os outros ThunderCats estão tentando retomar a Torre e têm algum sucesso. Abutre recorre a sua Arma Sônica durante a batalha, mas a ajuda chega quando Lion-O e Panthro retornam com sua própria versão, operada por Lynx-O. Com seu trabalho em equipe, os ThunderCats derrotam os Lunataks. Quando os ThunderCats levam de volta as Pedras Sonoras para Sondora, ela os transporta para outro tempo, ensinando linha os Thundercats sobre algum poder, uma vez descoberto, ser capaz de ser usado para propósitos malignos, então é melhor não aproveitar.

Neste episódio, Lion-O e os ThunderCats mostram que o trabalho em equipe pode existir além da família imediata, grupo de pares ou comunidade. Ao buscar as Pedras Sonoras em Darkside, Lion-O percebe que Sondora e os guardiões compartilham ideais comuns com os ThunderCats e, portanto, devem ser tratados como amigos. Os laços comuns que nos unem às outras pessoas serão superiores a diferenças de como falamos, onde moramos, qual é a cor da nossa pele ou qual é a nossa ancestralidade. Eles se estendem para quais são nossos valores e interesses, para o que acreditamos, quais são nossos objetivos e, em última análise, para a humanidade dela. Por exemplo, podemos estar muito cientes, quando conhecemos alguém, o quão diferente ele ou ela é, especialmente quando a pessoa fala outra língua, tem outra cor de pele, usa roupas e segue costumes que são incomuns para nós, ou tem outro credo e local de culto. Mas quando vamos além dessas aparências, dessa superficialidade, e conhecemos o indivíduo como pessoa, podemos encontrar muito em comum. Podemos compartilhar valores como respeito à lei, preocupação com o meio ambiente e o direito à liberdade de expressão e prática da religião. Podemos descobrir que temos o mesmo gosto por música e arte, e podemos concordar com objetivos de carreira futura, como querer aprender a fazer pesquisa científica. As coisas que nos diferem dos outros para nos ajudar costumam ser mais evidentes, enquanto os elementos que nos unem são mais difíceis de discernir e demoram a ser descobertos. Mas vale a pena o tempo e esforço para buscar o que temos em comum com os outros. Ao fazer isso, estendemos nossa rede de amigos e nosso senso de comunidade além de seu denominador mais comum para abranger toda humanidade.

Personagens e Elenco
Lion-O: Newton da Matta
Panthro: Francisco José
Tygra: Francisco Barbosa
Cheetara: Carmen Sheila
Wilykit: Marisa Leal
Wilykat: Nizo Neto
Snarf: Élcio Romar
Snarfinho: Márcio Simões
Sondora: Sônia Ferreira
Guardiões das Pedras Sonoras: N/C
Bengali: Marco Antônio Costa
Lynx-O: Magalhães Graça
Pumyra: Miriam Ficher
Escamoso: André Luiz Chapéu
Chacal: Older Cazarré
Abutre: Luiz Feier Motta
Luna: Sônia Ferreira
Amok: N/C
Aluro: Ricardo Schnetzer
Red-Eye: Márcio Simões
Chilla: Ilka Pinheiro
Tug Mug: Ionei Silva
Amok: Júlio Cézar

Locais em destaque: Castelo Plun-Darr; Ruínas de Darkside; Skytomb; Toca dos Gatos; Torre da Justiça.

Veículos: HoverCat; Lunatacker; ThunderClaw; ThunderStrike; ThunderTanque.

Comentário oficial
Dentro do Castelo Plun-Darr, Abutre está explicando seu último plano que envolveria o uso de uma das lendárias Pedras Sonoras de Darkside para fabricar uma arma sônica que ele poderia usar contra os ThunderCats. No entanto, cansados das constantes falhas das invenções, Chacal e Escamoso não querem nem saber. É um argumento sólido, tenho a desconfiança entre os Mutantes como uma constante, que o determinado Abutre saia sozinho para realizar seu plano. Essa decisão terá reflexos no futuro, mostrando apenas ele trabalhando com os Lunataks, tendo seus compatriotas ignorados.

Quando ele tenta pegar uma das Pedras Sonoras, a sacerdotisa Sondora e os Guardiões das Pedras Sonoras o atacam. No entanto, os Lunataks estavam observando todos os movimentos nos monitores de Skytomb, por isso enviaram Tug-Mug e Chilla para ajudar o Mutante e forçá-lo a ir com eles para sua fortaleza voadora. Mais uma vez, a solidez do argumento se mantém, já que os Lunataks se comportam como bullies diversas vezes.

Os Lunataks e Abutre, agora armados com a Sonic Gun, voam na Skytomb para atacar a Tower of Omens. Os ThunderCats fazem o seu melhor para repelir o ataque, mas não são páreo para o poder da Arma Sônica. Eles eventualmente voltam para a Toca e os Lunataks assumem o controle da Torre da Justiça. A facilidade com que a Torre cai faz pensar se não seria melhor desativá-la duma vez, ou fazer algo mais resistente, páreo para Skytomb. Mas a ideia geral está dada: o “empreendedorismo” de Abutre e a ousadia dos Lunataks têm resultados, mesmo que do lado errado do aspecto moral.

Os ThunderCats criam sua própria arma sônica para neutralizar a de Abutre. Lion-O, Panthro, Lynx-O e Snarfinho dirigem-se às Ruins de Darkside para obter uma Pedra Sonora. Sondora, depois de perceber que as intenções dos ThunderCats são boas, dá uma das pedras para Lion-O. A lição de moral está dada: diplomacia supera força bruta. Valores em comum criam vínculos muito mais profundos do que gostos ou conveniências.

Os ThunderCats restantes sitiam a Torre da Justiça para retomá-la. Os Lunataks, entretanto, localizam os Cats e lançam um contra-ataque. Os Cats são quase derrotados, até que Lion-O e o resto do grupo chegam no ThunderTanque para resgatar seus amigos. Agora que o tanque tem seu próprio canhão sônico poderoso, os ThunderCats derrotam os Lunataks com sucesso, fazendo-os fugir. Com poderes equilibrados, os covardes Lunataks não têm chance.

Lion-O então retorna ambas as Pedras do Som para Sondora que, percebendo seu perigo potencial nas mãos erradas, os teletransporta para uma dimensão diferente para proteção. Uma moral a mais, colher de chá de J. Larry Carroll.

Não é o episódio mais complexo de ThunderCats, mas não há falhas argumentativas. É bom assistir a um episódio mais moralizante que mera pancadaria como foram outros pares desde a conclusão da primeira temporada de ThunderCats. As características técnicas são boas, com muitos efeitos especiais bem feitos. O episódio, com Sondora, armas sônicas e vários artefatos mágicos, depende demais da credibilidade desses efeitos, e não decepciona. A trilha sonora tradicional é usada com pontualidade exemplar. Talvez seja meu episódio favorito da segunda temporada.

Crítica de Luciano Marzocca

Curiosidades

  • Este episódio marca a primeira e única aparição de Sondora;
  • Escamoso e Chacal aparecem no início do episódio e apenas por um breve momento, enquanto Simiano sequer dá as caras;
  • Onde os caras da Herbert Richers estavam com a cabeça quando traduziram “Sound Stones” (Pedras Sonoras durante os diálogos de todo o episódio) para “Música Pesada”? Se ainda fosse metal, mas pedras?
  • Mumm-Ra não aparece neste episódio.

Texto extraído de https://thundercats-ho.fandom.com com tradução, complementos e adaptações de Luciano Marzocca